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Debate sobre preservação do patrimônio histórico no Ascenso Café revela que estamos perdendo nossa memória
Pensar a educação e a democratização urbana para alcançar cidades das sustentáveis é a conclusão de mesa de debate sobre Preservação do Patrimônio Histórico, realizada na tarde da última segunda (05/10), no Ascenso Café, na X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, na noite, com a homenageada Luzilá Ferreira Gonçalves, o Promotor de Justiça André Felipe Barbosa de Menezes, e a Presidente da Fundarpe, Márcia Souto. “No passado, nos preocupávamos com a educação, mas, com a democratização do ensino com a regionalização, os nossos interesses e preocupações se voltaram para outras pautas”, destacou Márcia Souto, enfatizando os motivos que levaram a sociedade a pensar e repensar o cenário urbano.
Em relação a isso, inclusive, o Promotor de Justiça André Felipe Barbosa de Menezes, reforçou a importância desta pauta em virtude da ocupação desordenada do solo nos principais municípios do Grande Recife. Destacou a dificuldade de promover um reordenamento eficiente em cidades que representam uma importante marca do estado. Neste sentido,destacou, por exemplo, Olinda (Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade) que é categorizada apenas como dormitório para os seus residentes que não habitam e desfrutam dela como poderiam em virtude da falta de recursos e de infraestrutura adequada para o seu desenvolvimento.Da mesma forma, lembrou que Recife se desenvolveu perdendo vários registros arquitetônicos de sua história, como a Casa Barco, que resistiu na Avenida Boa Viagem, durante décadas até sua derrubada nos anos 80. “A ocupação desordenada do solo representa vários outros fatores relacionados. Mas, não devemos ser contrários ao desenvolvimento”, comentou Menezes.
A questão da preservação colocou assim em cheque o desenvolvimento de algumas das áreas mais charmosas do Recife como o Bairro de Casa Forte, na Zona Norte, que também tem sido uma vitima deste desordenamento urbano. Uma preocupação da escritora e nossa homenageada Luzilá Gonçalves, a preservação é uma pauta que precisa ser discutida e mantida em sua opinião. “Pensar a preservação do patrimônio é pensar a sobrevivência. Memória não é só saudosismo ou estética. Afinal, sem memória você se perde”, enfatizou a escritora.
Assunto considerado fundamental no cenário social e político que encontramos no momento no Grande Recife, a discussão sobre a preservação se revelou ser mais do que a questão das efetivas construções propostas em imóveis das cidades pernambucanas que vem descaracterizando sua arquitetura e história. Contudo, é um problema não só do poder público, como ainda da própria sociedade. “Temos que ter consciência de que este também é um problema nosso, e não só do governo. Seja lá a solução, como o voluntariado, a sociedade precisa contribuir para o processo evoluir”, destacou Márcia Souto.
Realizada pela Cia. de Eventos e pela Ideação, a X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco tem o benefício da Lei Rouanet – Lei de Incentivo a Cultura e do Fundo Nacional da Cultural do Ministério da Cultura – Governo Federal e conta com o patrocínio do BNDES e Petrobrás. Além disso, tem o apoio institucional e cultural de diversas organizações como ANL – Associação Nacional de Livrarias, Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL (iniciativa do MinC com o MEC), Pizzaria Atlântico, Módulo Containers, CBL – Câmara Brasileira do Livro (organizadora da Bienal do Livro de São Paulo), Libre e União Brasileira de Escritores – UBE.